Ontem foi dia de Yemanjá. Dia da deusa das águas do mar, mãe das mães.
Mas um telefonema mudou a programação. É, minha vida é assim, um fluir leve e feliz guiado pelo Universo, desde que deixei que Ele o guiasse de fato. E então o dia foi corrido, cheio de novidades.
Ao voltar pra casa, cansada, mas feliz, resolvi cumprir uma promessa para a minha filha. Nós havíamos combinado de enrolar brigadeiros. Ela nunca tinha enrolado e estava empolgadíssima. Eu ensinei a ela a "técnica milenar dos Andrade/Mioni", ensinada pela minha mãe e ela se divertiu muito. A técnica consiste em : untar as mãos com manteiga; pegar uma colher pequena de massa de brigadeiro e enrolar com as palmas das mãos, formando uma pequena bolinha; passar esta bolinha num prato cheio de chocolate granulado. Soa familiar? Ahhhh, mas como diria o Polishop: não é só isto. Você precisa fazer tudo isto assobiando o tempo todo! Sim, isto mesmo, assobiando! Bem, para quem não tem coordenação motora esta é uma tarefa do módulo advanced. Mas para quem adora brigadeiros, como eu, esta é uma tarefa super-power-fucker-and-sucker difícil de realizar. É para os fortes. É para um membro dos "Andrade/Mioni".
Por quê tem que fazer assim? Muda o sabor do brigadeiro? Não, mas permite que ele exista!. Por que se a gente enrola brigadeiro e não está assobiando a razão é uma só: o brigadeiro está sendo comido!!! Sim, isto evita a ingestão do confeito antes da hora, sabe?
Quando ela foi dormir, me deu um abraço apertado e disse: mamãe, nossa arte, hoje, foi uma aventura genial, eu adorei, obrigada por me ensinar.
A vida é mesmo feita destas pequenas doçuras... Fui dormir agradecendo minha mãe por me ensinar a tal técnica milenar. Agradeci também à Yemanjá, pelo dia cheio de boas novas.
Terminei minha oração, oferecendo a ela um brigadeiro. Nao é muito ortodoxo, mas era a melhor oferenda que eu tinha naquele momento.
Bom final de semana.